sábado, 6 de dezembro de 2008

A importância da auto-organização das mulheres

No dia 04 de dezembro de 2008, nos reunirmos na Área de Vivência, na UFMA, para começarmos a dialogar sobre o coletivo de mulheres e sobre a importância de nos organizarmos. Nesse breve diálogo, pudemos entender que só nós, mulheres podemos conquistar nossa emancipação na sociedade e, ao invés de ficarmos tentando convencer os homens de que somos iguais a eles, o melhor seria nos organizarmos e conquistar essa emancipação, até porque somos protagonistas da nossa própria história e não precisamos de um homem para isso.
Entender o que nos faz sermos oprimidas na sociedade, reconhecer as diversas formas de opressão, para assim, adquirirmos uma identidade coletiva e, assim, organizar uma luta em comum. A união é fundamental nesse processo. Lutas isoladas de grupos políticos ou individuais não levam a nada. Isso a história já nos mostrou e nos mostrará o quanto for necessário. É preciso nos unirmos para conquistarmos nosso espaço, inclusive dentro do movimento estudantil.
Percebemos que, no movimento estudantil, os companheiros sempre ficam inibindo nossos espaços, lutam por um socialismo, mas, quando é para defender o direito das mulheres (principalmente na política) são os primeiros a terem as atitudes mais conservadoras possíveis. E, claro, um homem não irá fazer essa defesa, não é interesse dele, pois é o beneficiado pela exclusão da mulher. Podemos dar como exemplo, a distribuição de cargos dentro de uma entidade. Ora, como dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, a medida que uma mulher conquista o poder, possui um cargo de destaque dentro de uma entidade, é porque um homem o perdeu. E que homem gostaria de perder esse espaço?
Como Paulo Freire descrevia, a emancipação de um setor oprimido somente virá pela luta desse mesmo setor oprimido, o que faz com que esses espaço de auto-organização sejam latentes. Não queremos ser melhor do que ninguém. Buscamos apenas conquistar nossos espaços e termos uma sociedade mais igualitária, onde todas e todos são respeitadas/os.


Abraços!
Thalitinha.

3 comentários:

MLMM disse...

"..ao invés de ficarmos tentando convencer os homens de que somos iguais a eles, o melhor seria nos organizarmos e conquistar essa emancipação, até porque somos protagonistas da nossa própria história e não precisamos de um homem para isso.(...)A união é fundamental nesse processo. Lutas isoladas de grupos políticos ou individuais não levam a nada.(..)E, claro, um homem não irá fazer essa defesa, não é interesse dele, pois é o beneficiado pela exclusão da mulher.(...)Não queremos ser melhor do que ninguém. Buscamos apenas conquistar nossos espaços e termos uma sociedade mais igualitária, onde todas e todos são respeitadas/os."

Uma pena eu ainda não ter entrado na UFMA (isso será decidido em janeiro), mas uma vez dentro, eu gostaria muito de fazer parte do movimento e ajudar como puder. Adorei o blog, li tudo aqui. Ainda não destravei o meu, mas sempre estarei conferindo o que acontece por aqui. Gostei meeesmo, meninas! Abração!!

LN disse...

eu achei esse símbolo mt burro... é a mulher querendo virar homem?! pq o braço dela então desponta como o símbolo masculino (pior, quebrando o feminino... vms deixar de ser mulher?!)?!
se fosse uma mulher quebrando o símbolo masculino até caia bem prum movimento feminista sexista, mas se estamos defendendo o direito das mulheres e estamos acima dessas "rixas", como bem defenderam na comunidade da ufma no orkut, tem que se discutir mais sobre o q se defende...

eu não defendo a mulher querendo dominar o espaço masculino não, a mulher se masculinizar, se tornar um ser bruto, ter que viver com a 3a. jornada de trabalho achando que está no lucro pois está agora no mundo do trabalho, dos homens...
vcs querem?!

se está claro que não existe igualdade entre os sexos, o q esse movimento defende?! emancipação do quê propriamente dita?! que espaço seria esse, o da mulher?!
(vcs conseguem colocar os objetivos de forma clara e objetiva, sem chavões vazios?!)

vcs já repararam que não conseguem desvincular a idéia de as mulheres com seu direito sem colocar símbolos masculinos?! como o cartaz em que a mulher mostra o muque, ou aquele com um punho no centro do símbolo feminino (um falo dentro do círculo feminino... perceberam?!)...

por enquanto é só... vms ver no que dá...

Anônimo disse...

Meninas e meninos;
aproveito que estou seguindo este blog para covidá-las a conhecerem o meu. Chamo-o de "Política, substantivo feminino" e está em www.politicasubstantivofeminino.blogspot.com

Aguardo a visita e comentários de vocês!