sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Novidades!


Olá a todos que acompanham o blog!Depois de um tempo sem postagens novas,pois estamos em fase de organização e planejamento,eis que resolvemos dar um sinal de vida a todos,pra que saibam que em 2009 estaremos a todo vapor dando continuidade ao nosso coletivo.

Eis que então temos algumas novidades que podemos adiantar de antemão,já que após essa correria louca de fórum,congressos,início de ano e certos compromissos finalmente pudemos sentar novamente e colocar tudo na mesa para a organização do coletivo e suas atividades.

Uma das novidades é que finalmente decidis um nome pro coletivo: Maria Maria Coletivo de mulheres! \0/ \0/ \/ O porque? Creio que todos conheçam aquela música famosa da Elis Regina com o mesmo título,a música retrata a simplicidade,a beleza e a força do sexo feminino.O Nome Maria é um nome bem simples,e realmente muito usado por outros coletivos,entretanto não temos a proposta de um nome tão distinto,e concerteza "maria maria" combina muito com a proposta do coletivo feminista que estamos construindo.

A segunda Novidade é que já iremos iniciar nossas atividades esse ano na universidade na primeira semana:Termeos uma plenária sobre a auto-organização das mulheres,em que o tema será"Mulheres em Movimento Mudam o Mundo" teremos participações importantes,e divulgações prévias,sendo que a plenária está prevista para o dia

12/03/09,ainda confirmaremos o local e horário(postaremos mais informações brevemente!).Nesse mesmo dia,faremos também a divulgação do nosso primeiro zine,levando informação impressa a todas as garotas e garotos que queiram saber muito mais sobre nossas proposta e sobre o Movimento feminista.

Além disso,o Coletivo Maria-Maria,pretende,nesse primeiro semestre organizar o I Encontro de Mulheres da UFMA,com mesas-redondas,painéis,apresentações de trabalhos e atividades culturais,tudo em volta da política feminista é claro,os temas ainda estão sendo definidos(mas temos supresas boas vindo aí).

Estamos fazendo um planejamento de várias atividades para esse ano,algumas ainda estã sendo estudadas,mas garantimos que nosso intuito maior é fazer uma grande movimentação feminista a partir de agora,com várias coisas,idéias,planos etc etc.Estamos nos organizando de verdade pra fazer algo bonito,afinal nós mulheres,em movimento,podemos sim(e vamos!) mudar o mundo!

E vamos começando aos poucos...né? =)

Por enquanto é isso,pessoas,a partir de março quando se iniciam as aulas na UFMA nossas reuniões continuarão semanalmente,às quintas,a partir das 17:30,na aréa de vivência.Sempre aberta para TODAS e TODOS.



Abraços,

Coletivo Feminista Maria-Maria.


sábado, 6 de dezembro de 2008

A importância da auto-organização das mulheres

No dia 04 de dezembro de 2008, nos reunirmos na Área de Vivência, na UFMA, para começarmos a dialogar sobre o coletivo de mulheres e sobre a importância de nos organizarmos. Nesse breve diálogo, pudemos entender que só nós, mulheres podemos conquistar nossa emancipação na sociedade e, ao invés de ficarmos tentando convencer os homens de que somos iguais a eles, o melhor seria nos organizarmos e conquistar essa emancipação, até porque somos protagonistas da nossa própria história e não precisamos de um homem para isso.
Entender o que nos faz sermos oprimidas na sociedade, reconhecer as diversas formas de opressão, para assim, adquirirmos uma identidade coletiva e, assim, organizar uma luta em comum. A união é fundamental nesse processo. Lutas isoladas de grupos políticos ou individuais não levam a nada. Isso a história já nos mostrou e nos mostrará o quanto for necessário. É preciso nos unirmos para conquistarmos nosso espaço, inclusive dentro do movimento estudantil.
Percebemos que, no movimento estudantil, os companheiros sempre ficam inibindo nossos espaços, lutam por um socialismo, mas, quando é para defender o direito das mulheres (principalmente na política) são os primeiros a terem as atitudes mais conservadoras possíveis. E, claro, um homem não irá fazer essa defesa, não é interesse dele, pois é o beneficiado pela exclusão da mulher. Podemos dar como exemplo, a distribuição de cargos dentro de uma entidade. Ora, como dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, a medida que uma mulher conquista o poder, possui um cargo de destaque dentro de uma entidade, é porque um homem o perdeu. E que homem gostaria de perder esse espaço?
Como Paulo Freire descrevia, a emancipação de um setor oprimido somente virá pela luta desse mesmo setor oprimido, o que faz com que esses espaço de auto-organização sejam latentes. Não queremos ser melhor do que ninguém. Buscamos apenas conquistar nossos espaços e termos uma sociedade mais igualitária, onde todas e todos são respeitadas/os.


Abraços!
Thalitinha.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

As mulheres enquanto sujeitos políticos

* Alessandra Terribili

Nunca, na história da humanidade, os direitos conquistados por um determinado setor oprimido da sociedade vieram de presente, ou caíram do céu como concessão do dominador ao dominado. E caso fosse assim, haveria uma deturpação determinante no que se refere ao reconhecimento de todos e todas como sujeitos políticos capazes de protagonizar a própria história. É necessária a consciência de que igualdade, liberdade não são concessões. São direitos. Se forem concessões, assim como vêm, vão. Em direitos conquistados não se mexe. E principalmente, não se mexe no direito que todos e todas temos de buscar transformações e de nos organizarmos autonomamente para isso.
A superação das mais variadas modalidades de opressão não depende de concessões, de revoluções das subjetividades, de tentativas de sensibilização do dominador. Conquistar a emancipação passa por muita luta e organização política, e isso pressupõe identidade coletiva. Reforçar o que há de comum entre nós, verificar coletivamente os passos a cumprir rumo ao objetivo que nos colocamos. É isso que fazemos no movimento estudantil, reunindo jovens identificados pela condição de estudantes, que se organizam sob bandeiras comuns a fim de combater uma situação adversa comum.

Relações de gênero e relações de poder
E no caso das mulheres? Há muito tempo, os movimentos de mulheres perceberam a necessidade de garantir a existência de espaços de auto-organizaçã o, nos quais a presença exclusiva de mulheres garante o debate e o planejamento pautado por experiências e caracterizações que todas compartilhamos por sofrermos na pele essa opressão. Afinal, apenas uma mulher pode dizer o que é ser mulher; e é partir daí que se pode identificar nossa luta. Esses espaços são fundamentais na construção de uma identidade coletiva que, ao fim e ao cabo, organiza uma luta comum, com conseqüências no plano da política, não no plano dos elementos particulares. Quem melhor dissertaria sobre a opressão sofrida pelas mulheres se não uma mulher? Obedecendo à mesma lógica, quem melhor definiria qual a política que contempla as demandas específicas das mulheres se não uma mulher? Por que, então, alguns companheiros questionam a existência de espaços de organização, nos quais as mulheres discutam sua própria situação e organizem sua própria luta para buscar a sociedade igualitária que defendemos? Além disso, há que se reafirmar que relações de gênero são relações de poder. E quando falamos em poder, não nos restringimos ao exercício do poder na esfera da política, onde facilmente verificamos a predominância de homens e uma menor participação das mulheres. Relações de poder são cotidianas também, e orientam relações sociais as mais diversas, que colocam as mulheres em situação de subjugação. Em se compreendendo isso, e relembrando aquela lei da Física que afirma que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, na medida em que as mulheres conquistam poder, os homens o perdem. Numa sociedade como a que vivemos, cujos principais valores são competição e consumo, cada qual pretende garantir seu próprio espaço, utilizando-se, para isso, da reafirmação de todas as formas de discriminação, controle social e valores que o favorecem, não necessariamente de maneira consciente. Bem ou mal, quem é beneficiado pela exclusão das mulheres de determinados espaços são os homens. Vale afirmar, portanto, que os companheiros, muitas vezes, inibem a intervenção das companheiras, inclusive quando discutem gênero. É preciso garantir espaços em que as companheiras sejam estimuladas a serem agentes da história, onde possam encontrar referências para a luta feminista, o que faz dos espaços de auto-organizaçã o, inclusive, momentos de formação política.

Sujeitos políticos coletivos
A necessidade de espaços de auto-organizaçã o das mulheres é latente. É preciso compreender o feminismo como um movimento questionador de todo um sistema que se legitima e se reafirma na reprodução desses valores de subjugação. E assim, assumindo-se que as mulheres têm de conquistar sua emancipação, e essa luta é casada com a necessidade de se construir uma outra sociedade, torna-se ainda mais importante instrumentalizar as companheiras para isso. É preciso gerar uma identidade política coletiva das mulheres, porque é o que as unifica e as coloca em movimento. Os espaços de auto-organizaçã o garantem debate e planejamento com base em experiências e impressões que todas compartilham, porque sofrem na pele essa opressão. Apenas as mulheres podem dizer o que é ser mulher, do que elas precisam, como vêem o mundo, para, a partir daí, saberem identificar sua disputa. As conquistas não são concessões. São conquistas. Embora seja fundamental contar com a solidariedade e a colaboração dos companheiros nessa luta, há que se compreender que se devem preservar os espaços das mulheres pensarem e se organizarem para uma luta que é, em primeiro lugar, delas. A discussão de gênero não pode ter o objetivo, meramente, de correção de atitudes, ou de transformação de comportamentos particulares. Somos feministas, fazemos política e entendemos o movimento de mulheres como um movimento social porque queremos ir muito para além, queremos interferir na vida das mulheres e na opressão que sofrem cotidianamente através de ações políticas que nos permitam essa capilaridade. Queremos transformações estruturais na sociedade moderna, que nos permitam viver livres de toda forma de subjugação de um ser humano por outro. Conquistas não vêm por decreto. Muito menos por favor. Não precisamos convencer os homens a deixarem de oprimir as mulheres, porque compreendemos a sociedade como algo um pouco mais complexo que isso, e conhecemos nossa potencialidade de protagonistas da nossa própria história. Paulo Freire dizia que a emancipação de um setor oprimido somente virá por obra desse mesmo setor oprimido. É isso que buscamos com os espaços de auto-organizaçã o: autonomia. Relações de gênero são sim relações de poder, e as mulheres não buscam inverter a seta da opressão. Buscam uma sociedade igualitária. E para essa busca, os espaços de cada um devem ser respeitados. Quem transforma a história são sujeitos políticos coletivos, que sabem quem são, por que lutam e onde querem chegar. A libertação das mulheres passa, sem dúvida, por aí.


*Diretora de Mulheres da UNE (2003-2005)Kizomba

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A Movimentação do dia 25.





Como estava previsto, o pequeno grupo de estudantes que idealizou uma atividade para o dia 25/11 pelos 16 dias de ativismo pela eliminação da Violência contra a Mulher resolveu concretizar o planejado,e fizeram ontem a movimentação.
No dia 25/11/08, as 11:30 da manhã,na aréa de vendas do R.U,Nós resolvemos iniciar o discurso,para aqueles ali presentes,já que achamos que o horário e o local chamaria atenção de uma boa parcela de estudantes,já que a fila para o almoço só aumentava,e muitos estudantes circulam por ali naquele horário.Enquanto Calliandra e Yasmin panfletavam,entregando os informes sobre a violencia e a conscientização.Cadu e Daniela discursavam sobre a importancia da luta feminina pelos seus direitos e pela eliminação da violencia doméstica,e não só ela,ainda tão presentes em nossa sociedade.Foi dito também,que,esses 16 dias de ativismo ocorrem em 154 países há 18 anos,e constitui em um instrumento fundamental para a luta contra essa grave violação dos Direitos Humanos das Mulheres.
A Importancia de trazer um movimento maior que lute pelos Direitos Humanos da Mulher no Maranhão é bem grande,pois estamos atrasados em relação a isso e ainda há uma falta de informação e de conscientização enorme em nosso Estado.Além disso,ressaltamos mais uma vez a importancia de construirmos um movimento de mulheres sólido em nossa universidade,algo que nunca foi visto de forma efetiva aqui,e que é de suma necessidade para a construção de uma base maior de conhecimento em relação ao Feminismo,em relação ao nosso espaço na sociedade,em relação a situar-se nas políticas atuais relativas as mulheres.
No decorrer do discurso,destacamos também a importancia dos Homens no movimento,e vimos,muitas vezes ao entregar os panfletos a eles,que nao comprrendiam exatamente porque o estavam recebendo,como se a Política feminista e aluta contra violencia com a Mulher só interessasse a nós.Cadu,Como Homem e Feminista,ressaltou a necessidade dos Homens também se mobilizarem para combater o Sexismo,a Violencia e buscar a Igualdade.
Ao Final,convidamos todas e todos,para participarem da reunião informativa que faremos nessa sexta,as 15:40 na aréa de vivencia,onde falaremos um pouco sobre o feminismo em geral,esclarecendo algumas dúvidas e expondo nosso intuito na construção de um grupo de estudo e de atividades Feminista.
A Movimentação de ontem,foi ainda pequena,tímida.Estamos engatinhando para construir um grupo sólido.Entretanto,foi um passo importante que já demos,e queremos ir cada vez mais à frente!.

Imagens do dia 25/11. Movimentação na UFMA pelos 16 dias de Ativismo.



Os que Movimentaram





Panfletárias


Operação Lambe-Lambe na UFMA.



sexta-feira, 21 de novembro de 2008





Olá pessoas! o Panfleto ainda não está finalizado,há alguns erros,mas aqui está ele!

Iremos entrega-lo na Terça no dia da movimentação por um coletivo feminista na UFMA e dia da Eliminação da violência contra a Mulher.

Se liguem,e estejam acompanhando! Beijos.

Logo Traremos mais novidades. o/


terça-feira, 18 de novembro de 2008

Construindo um Movimento Feminista na UFMA.




O Projeto de um Coletivo Feminista na Universidade federal do Maranhão,provisoriamente nomeado como "Mulheres na UFMA"(enquanto não encontramos um nome melhor),é a concretização de uma idéia já antiga que condiz com a formação de um grupo para estudo,reuniões e atividades dinâmicas que enfoque o Movimento Feminista.

Tem o intuito principal de realizar dialógos e movimentações que enfoque na informaação,combate ao machismo e sexismo e as formas de violência e discriminação à mulher,e também ampliar a compreensão geral do Movimento Feminista no Brasil e no Mundo,em suas diversas formas.

Pretendemos desenvolver este coletivo,reunindo todos aqueles interessados no Movimento feminista,organizando reuniões e atividades a partir de então.A Consolidação do mesmo se dará, de fato, aos poucos tendo em vista um espaço definido e visível na Universidade(e fora dela).

Iniciaremos nossas atividades e aqui registraremos notícias,artigos,textos e conteúdo relativo ao Feminismo.

Queremos formar um grupo com conteúdo,opinião e ativismo.

Queremos (e vamos!) quebrar barreiras e construir paradigmas.

(Está então apresentado o Movimento de Mulheres da Ufma).